Nos distantes anos sessenta, havia no coração de Três Barras um local que parecia encantado, dominado por suas extensas áreas verdes, campos floridos, caminhos de eucaliptos, cercas de ripas brancas e as varandas que predominavam em todas as casas.Sentia-se ali certa magia deixada pela antiga serraria Lumber.
Era como se nos barracões ainda existentes e nos pedaços de trilhos deixados pelos caminhos permanecesse uma forte presença da cultura dos imigrantes, da honra e da nobreza do povo europeu.
Nas ruas cobertas de pedregulhos, casais de namorados desfrutavam das ensolaradas tardes de domingo, que se tornavam ainda mais coloridas com o passar das famílias que se dirigiam ao cinema, ao campo de futebol ou ao cassino, nas inesquecíveis domingueiras.
Sim, esse lugar realmente existiu.Era o CIMH dos anos sessenta.
Nas décadas de 50 e 60, os desfiles de 7 de setembro saíam do Grupo Escolar "General Osório" e terminavam no campo de futebol.
Todo domingo havia futebol e uma vez durante o ano aconteciam os Festivais Esportivos, onde era escolhida a rainha do time do Três Barras Esporte Clube.
Em 1983, o prefeito da época, em conjunto com o coronel do CIMH mandaram demolir o pavilhão, porque desejavam construir algo mais moderno e com maior comodidade.Porém o projeto nunca saiu do papel.E com o tempo, as cercas foram caindo e o abandono tomou conta de tudo.
CINEMA
O cinema funcionou desde os tempos da Lumber até meados de 1980.Por volta do ano de 1968, passou por uma reforma e ampliação na sala de projeção, incluindo aí a mudança da tela, que passou a cinemascope.
Dos meus tempos de cinema, de 1966 em diante, só recordo das sessões nos finais de semana e no dia da criança.Anteriormente, contam que havia sessões à noite, durante a semana.Na época era algo muito mágico, porque não conhecíamos a televisão, circo e teatro por aqui, eram coisas raras.Então o cinema era tudo de bom
Término de uma sessão de matinê no domingo à tarde, por volta das 16:30, como sempre acontecia.Saindo do cinema, muita gente seguia para o Estádio de Futebol, aproveitando um finalzinho do jogo que ia até 17:30 e às vezes até as 18:00 horas.
Parque Infantil
Diante da casa do coronel ficava um parque infantil, que era um espaço de lazer para as mães levarem seus filhos nas tardes de domingo.
O momento da chegada do Papai Noel no cassino, era esperado com alegria por muitas crianças que viveram no CIMH dos anos 60.
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