segunda-feira, 17 de novembro de 2014

"O Campo de Instrução "Marechal Hermes" - CIMH

     Em 10 de setembro de 1952 deu-se a passagem dos bens da Lumber ao Patrimônio da União e do Ministério da Guerra, conforme foi publicada a autorização do Diário Oficial da União de 23 de agosto de 1952.
      No dia 24 de outubro daquele ano, na área da então serraria Lumber, foi criado o Campo de Manobras. O Campo de Instrução "Marechal Hermes" foi criado pelo Decreto nº 32.431, de 17 de março de 1953, ocupando 924 mil metros quadrados no centro da cidade, e mais de 4.800 alqueires de terras agrícolas, no interior dos municípios de Três Barras e Papanduva, onde acontecem as manobras.
Quem teve a oportunidade de algum dia residir na área militar, há de concordar a respeito da tranquilidade e da paz presente nesse pequeno paraíso. No CIMH.haviam muitas casas, que na maioria  abrigavam famílias particulares.Eram trabalhadores da Lumber, funcionários do Exército, e outros.Uma pequena parte era ocupada por famílias de militares.

Os caminhos dos eucaliptos...

Portão de entrada do CIMH.

Escritório do CIMH.

 Casa do coronel.

Casas do CIMH

 Antigo alojamento dos soldados, servido da Casa da Cultura nos anos 1983 - 2000.

Oficina do CIMH

NOS ANOS 60...

 Soldados Jorge Dambroski e Eliseu Munhoz - 1966

Soldado Eliseu Munhoz, na lambreta. 



Galeria dos Coronéis do CIMH.

 Desfile de 7 de setembro diante do Armazém.

 Jovens numa casa próxima ao Armazém.

 Interior do Armazém do CIMH.


Sentado à mesa, o sr. Otávio Tabalipa.




 Pequena casa diante do Armazém.

Banda passando diante do Armazém.

Jovens no Estádio de Futebol e no Parquinho Infantil (1961).

Atividade alusiva a 7 de setembro no CIMH - (1960)



Marcenaria.



Cinema da Madeira

Aqui o Cinema do CIMH.
O Cinema, o Cassino (salão de bailes e danças) e um Parque Infantil para a criançada.Em quase todas as casas predominavam as árvores de frutas: pêras, maçãs, pêssegos, ameixas, laranjas e mimosas.Também o forno à lenha estava presente em todos os lares. E nas tardes de sábado, o pão quentinho saído do forno, tinha um aroma todo especial, que até hoje eu não esqueço.


O cinema fez a alegria de muita gente.






Extensas áreas de gramado, caminhos ccontornados de eucaliptos que permitiam a passagem de qualquer pessoa que saísse da vila e desejasse ir ao bairro Vila Nova ou às áreas rurais:Tigre e Gavião.Havia acima de tudo, uma bonita amizade entre o pessoal do Exército e comunidade tresbarrense.
Casa da Cultura (1983-2000)
     Assim foi durante 48 anos.
     No cassino, próximo ao Natal, aconteciam as festividades com a chegada do Papai Noel.
Mais tarde, entre os anos de 1997-2000 tive a oportunidade de trabalhar na Casa da Cultura (que ficava no antigo alojamento dos soldados).
Era uma área já com  poucos moradores. Apesar desse vazio, a tranquilidade do campo ainda tinha seus encantos e as pessoas ainda cruzavam por ali indo e vindo sem problemas.

O cinema nos anos 60 e 70.
A Casa da Cultura contou com  a amizade do coronel Calixto, que abriu as portas da sua residência para que todos pudessem conhecer "a casa do coronel". Foram meus últimos momentos alegres desse espaço.
Pois com a partida do amigo Calixto, as coisas se modificaram muito no CIMH.

Os festivais desportivos tiveram seus grandes momentos no Estádio do Três Barras Esporte Clube.


Barreiras foram sendo construídas, fechando caminhos e distanciando cada vez mais o tresbarrense.Ali houve uma bonita história, é uma área que deveria ser transformada num grande parque, abrigando: estádio de futebol, cinema, teatro, ginásio de esportes, museu e pistas para caminhada.Um parque ecológico e cultural, com fins turísticos e de lazer.


A beleza de um cacto que durante anos guardou a entrada do CIMH.



Casa do coronel




Cassino dos Oficiais Militares: neste local aconteciam danças e bailes de carnaval, domingueiras, jantares e comemorações natalinas.



Escritório do CIMH.

2 comentários:

ZECA DA VILA disse...

O nome do estádio é ARTHUR FERREIRA RIBAS....joguei muitas partidas nele...Era um exemplo de estádio.

Abel Veiga disse...

Nasci e vivi no Campo Militar até os dez anos de idade. Toda vez que passo ao largo penso com todo o carinho nesse tempo abençoado, que aliado a inocência da memória infantil, por vezes sinto a garganta apertada e os olhos marejados, no vislumbre de um passado onde os meus amados familiares ainda moravam todos juntos e de toda a alegria e segurança de uma grande família em um lugar maravilhoso como aquele. Que saudade...